Desenvolvimento de práticas ambientais

Desenvolvimento de práticas ambientais

Este texto tem como objetivo mostrar o desenvolvimento de práticas ambientais de algumas empresas brasileiras nos últimos anos.

O setor produtivo brasileiro tem apresentado um avanço contínuo e consistente em relação às práticas de gestão ambiental. Em uma pesquisa desenvolvida entre 2008 e 2012, pela revista Análise Editorial, foi mensurado o Índice da Gestão Ambiental Coorporativa (IGAC), que analisou alguns parâmetros qualitativos das políticas ambientais implementadas pelas maiores empresas do Brasil.

Essa pesquisa analisa nove indicadores e os resultados mostraram que houve evolução em todos eles, sendo pesquisadas as seguintes áreas:

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  • Envolve a definição da gestão ambiental e da política ambiental;
  • Qual área é a responsabilidade da gestão e a qual está vinculada;
  • Quais os processos cujos impactos ambientais são reconhecidos pela administração da empresa;
  • Quais os projetos de gestão para a melhoria de práticas ambientais.

 

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  • Verifica a exigência de comprovação da gestão ambiental dos fornecedores da empresa;
  • Verifica os processos de treinamento e a divulgação de ações ambientais;
  • Checa se existe algum valor investido para corrigir os passivos ambientais;
  • Avalia os programas e as parcerias com entidades não governamentais, assim como as empresas que possuem uma instituição ambiental.

 

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  • Verifica se a empresa possui a certificação ISO 14001 e se aplica as normas da série.

 

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  • Avalia as práticas adotadas em relação ao consumo da água.

 

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  • Checa as práticas em relação ao consumo de energia elétrica, o uso de combustíveis fósseis, madeira e carvão.

 

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  • Verifica as fontes renováveis que são utilizadas.

 

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  • Avalia as práticas adotadas em relação aos resíduos do processo produtivo, aos efluentes e aos ruídos e vibrações.

 

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  • Verifica as práticas em relação às emissões de gases e se a empresa possui o rótulo “selo verde” para a neutralização de carbono.

 

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  • Analisa se a empresa realiza o plantio de árvores ou cuida, voluntariamente, de áreas verdes nativas.

 

Dentre essas nove áreas, o setor com maior destaque é o que avalia a estrutura e os processos internos vinculados às ações ambientais das empresas (Política Ambiental Corporativa), levando em consideração como é feita a gestão da política ambiental, quais são as áreas internas envolvidas e quais os procedimentos para a análise de impactos ambientais.

O segundo indicador mais bem avaliado na pesquisa foi em relação às políticas de gestão e uso da água. Nessa área, o indicador avalia as práticas de reaproveitamento, redução de consumo, se existe ou não algum sistema de monitoramento de consumo e analisa, também, se existem programas de treinamento e conscientização dos funcionários.

O terceiro melhor indicador foi o que avaliava as políticas das empresas em relação ao gerenciamento e o reaproveitamento dos resíduos sólidos gerados nos processos produtivos.

O quarto indicador que mais evoluiu é o de análise das práticas de gestão de emissões atmosféricas, que considera a adoção de políticas para reduzir a emissão de gás carbônico (CO2).

Os índices que medem o relacionamento com os stakeholders e o que avalia as práticas de eficiência energética empataram na quinta e sexta posições de desenvolvimento.

O índice que apresentou o menor avanço entre os citados foi justamente aquele que avalia as ações de preservação de áreas verdes, englobando programas de plantação de árvores ou manutenção voluntária de áreas verdes.

Esses índices foram segmentados em quatro diferentes setores econômicos: indústria, agroindústria, serviços e comércio. O setor industrial brasileiro foi o que obteve o maior índice de gestão ambiental, se destacando em função dos indicadores que medem a gestão e o uso da água e os de obtenção de certificado ISO 14001. Porém, o setor que apresentou o maior crescimento no período foi o de serviços, em função da gestão da água e do controle de emissão de gases. O setor agroindustrial foi o que menos evoluiu e junto com o setor de comércio apresentaram queda nos índices de conservação de áreas verdes e eficiência energética. A Figura 1 ilustra a evolução do índice geral do IGAC citado acima.

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Referências

ANÁLISE GESTÃO AMBIENTAL. Editora Análise. 2013.

BARBIERI, J.C. Gestão Ambiental Empresarial. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

CURI, D. Gestão Ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

DIAS, R. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.

SATO, M.; CARVALHO, I. Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios. Porto Alegre: Artmed, 2011.

SCHARF, Regina. Manual de Negócios Sustentáveis. São Paulo: Amigos da Terra, FGV, 2004. 176 p. ISBN 85-86928-06-2.

ROSA, André Henrique; FRACETO, Leonardo F.;MOSCHINI CARLOS, Vivian. Meio Ambiente e Sustentabilidade. 2012.

VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade ambiental: ISO 14000. São Paulo: SENAC, 2002, ISBN 85-7359-284-2